Um grupo de artesãs do Recife dá nova forma aos objetos que jogamos fora. Por ano, são produzidos no mundo 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico.
REDE GLOBO – REPORTAGEM DE BEATRIZ CASTRO
Nas mãos das artesãs, discos de vinil ganham textura e colorido especial e viram relógios e porta-trecos. CDs servem para fazer calendário ou luminária e até um telefone velho foi aproveitado num quadro bem moderno. Disquetes de computador que hoje estão ultrapassados podem ser transformados numa bolsa hight-tec. Bolsas de lona permitem entrar na moda e, ao mesmo tempo preservar o meio ambiente.
A engenheira Ana Lúcia Borba aproveita matérias-primas a que muitos não dão valor para dar uma ocupação aos moradores de comunidades pobres do Recife. “A idéia é aumentar a vida útil dos produtos, fazer com que o resíduo permaneça por mais tempo”, explica.
O trabalho com recicláveis garante ocupação numa região onde o desemprego é um pesadelo comum.
A artesã Márcia Teixeira esta contente: “Agora está ótimo. A gente fez o curso e agora a está ganhando com isso”.
Com o trabalho, as mulheres da comunidade têm três conquistas para comemorar: elas ajudam a melhorar a renda da família, cuidam do meio-ambiente e participam de uma organização que as fortalece como cidadãs.
Conscientes e criativas, as mulheres fazem pulseiras coloridas com garrafas pet e colares de lacres de latinhas.
Para entrar no clima do natal, a novidade é uma árvore feita com dezenas de garrafinhas que iriam para o lixo.
LINK PARA ASSISTIR AO VÍDEO:
http://g1.globo.com/jornalhoje/0,,MUL861040-16022,00-PROJETO+TRANSFORMA+LIXO+ELETRONICO+EM+ARTE.html
– Publicada na Rede Globo – Jornal Hoje – em 13/11/2008